quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Cultivando

Enquanto o aniversário daquela Primavera aproxima-se,


Penso…


... Porque eu fui Eu e ele foi Ele.
E tudo o mais que não aconteceu,
Eram as representações com as quais já estávamos acostumados.
E se tivesse algo que eu ainda pudesse dizer...


... E o teu colo, teria sido meu ninho, e nele, eu cresceria.

E sendo este amor habitante da categoria dos impossíveis,
O que restou foi uma terra fértil de sentimentos decompostos,
Um espaço vazio e ao mesmo tempo produtivo para a construção de algum novo jardim.
Dentre as possibilidades das espécies para o cultivo,
Seleciono a semente da minha amizade.
Sou amiga das lembranças da tua existência em mim.

Zumbido cósmico

Hoje eu chorei por que a vida é como ela é,
E não existe resposta.
Eu não quero a vida que morre e não queria também morrer para vida.
Para viver um amor, existe uma entrega dolorosa,
Porque um amor é vida e vida é renascer.
E não se renasce sem antes morrer.
E morrer é desapego, um deixar ir embora.
E deixar ir embora é despedida e nas despedidas há tristeza.
Esta tristeza também é vida.
E ainda existe música para isso.
Zumbido cósmico de dor.

O cantar de um anjo