quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Cultivando

Enquanto o aniversário daquela Primavera aproxima-se,


Penso…


... Porque eu fui Eu e ele foi Ele.
E tudo o mais que não aconteceu,
Eram as representações com as quais já estávamos acostumados.
E se tivesse algo que eu ainda pudesse dizer...


... E o teu colo, teria sido meu ninho, e nele, eu cresceria.

E sendo este amor habitante da categoria dos impossíveis,
O que restou foi uma terra fértil de sentimentos decompostos,
Um espaço vazio e ao mesmo tempo produtivo para a construção de algum novo jardim.
Dentre as possibilidades das espécies para o cultivo,
Seleciono a semente da minha amizade.
Sou amiga das lembranças da tua existência em mim.

Zumbido cósmico

Hoje eu chorei por que a vida é como ela é,
E não existe resposta.
Eu não quero a vida que morre e não queria também morrer para vida.
Para viver um amor, existe uma entrega dolorosa,
Porque um amor é vida e vida é renascer.
E não se renasce sem antes morrer.
E morrer é desapego, um deixar ir embora.
E deixar ir embora é despedida e nas despedidas há tristeza.
Esta tristeza também é vida.
E ainda existe música para isso.
Zumbido cósmico de dor.

O cantar de um anjo

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Aos covardes: Superestima - imperfeita ação.

O medo disfarçado de orgulho,
Leva os covardes a exercitarem o que fazem de melhor.
Camuflam-se em off, fugindo de encarar o reflexo de sua “imperfeição”
Nascida do exagero da estima que sentem,
por aquilo que pensam que são.

domingo, 3 de abril de 2011

Amor é reflexo


Se sou amado,
quanto mais amado mais correspondo ao amor. Se sou esquecido, devo esquecer também, pois amor é feito espelho: tem que ter reflexo! (Pablo Neruda)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Eu gosto de acreditar...

"Há sempre alguém especial para cada um de nós. Frequentemente existem dois ou três, ou mesmo quatro. Provêm de diferentes gerações.Viajam através dos oceanos do tempo e das profundezas das dimensões celestiais para estarem novamente connosco. Vêm do outro lado, do céu. Estão diferentes mas o seu coração reconhece-os. Coração esse que os teve nos braços de que então dispunha... Estão unidos pela eternidade e nunca estarão sós.A sua cabeça pode dizer: «Mas eu não o conheço». Mas o seu coração sabe que não é assim.Ele pega-lhe na mão pela primeira vez, e a memória do seu toque transcende o tempo e perturba profundamente todos os átomos do seu ser.Ela olha-o nos olhos, e você vê nela uma alma que foi sua companheira através dos séculos. O seu estômago revira-se. Os seus braços ficam arrepiados. Tudo o que é exterior a este momento perde importância.Ele pode não a reconhecer, mesmo que finalmente se tenham encontrado de novo, mesmo que você o reconheça. Você consegue sentir o laço da união. Consegue ver o potencial, o futuro. Mas ele não. Os seus medos, o seu intelecto, os seus problemas mantêm um véu sobre os olhos do seu coração. Ele não a deixa ajudá-lo a remover esse véu. Você lamenta-se e sofre, e ele segue o seu caminho, O destino pode ser tão volúvel.Quando ambos se reconhecem, nenhum vulcão poderia entrar em erupção com mais paixão. A energia libertada é tremenda.O reconhecimento das almas pode ser imediato. Um sentimento súbito de familiaridade, a sensação de conhecer esta nova pessoa a uma profundidade muito além daquela que a consciência permitiria... saber intuitivamente o que dizer, como vão reagir. Um sentimento de segurança e confiança muito maior do que aquele que alguma vez poderia ser conquistado num dia, numa semana ou num mês.O reconhecimento das almas pode também ser lento e subtil. Uma alvorada gradual à medida que o véu é gentilmente removido. Nem todos estão preparados para o reconhecimento imediato. Há que dar tempo ao tempo, e muita paciência pode ser necessária para aquele que vê primeiro."


Dr. Brian Weiss "Só o amor é real"

quarta-feira, 16 de março de 2011

Apesar das experiências dolorosas, reafirmo quem sou.

Hoje fortaleci meu “Ser”, apesar do exercício ter me causado imensa dor.
Infelizmente me fez provar o gosto amargo da decepção.
Turvou com lágrimas a inocência do meu olhar,
Provocou uma noite de trevas, roubando a luz e o brilho do encantamento que contemplo na vida.
Silenciou por pesados minutos, as melodias de esperança que mentalmente aprendi a cantarolar.
Mas não me roubou o grito da indignação.
Apenas dilacerou minha carne, depois de esfolar minha pele com a injustiça da desconsideração, viscosamente banhada de orgulho mesquinho.
Mas não vai me tirar a vida.
Vai somente fortalecer as convicções que me movem no caminho do bem.
Depois que eu curar as feridas do desamor imbecil que me foi retribuido,
Vai me fazer crescer, por mais uma vez permitir que eu compreenda, que sou maior que tudo isso.
Não haverá crueldade gratuita que me cessará os sonhos.
Sou feita de composições carregadas de sutilezas.
O néctar que corre nas minhas veias, não terá alterado sua docilidade pelos dissabores momentâneos, gerados por um desprezível comportamento ignorante.
Quem não sabe do valor do amor, jamais edificará a nobreza de caráter.
Triste daqueles que desconhecem a beleza de produzir bem querer, com harmoniosas matizes de gentileza.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Refletindo com Antoine de Saint-Exupéry, in "Cidadela

Ler me causou um certo desconforto.
Refletir sobre me trouxe preocupação.
Será que a culpa é minha?
Serei eu tembém "semente abortada" para as coisas do amor?


Não Pode Existir Amor Sem Verdadeira Troca
Não te lembras de ter encontrado na vida aquela que se considera um ídolo? Que havia ela de receber do amor? Tudo, até a tua alegria de a encontrares, se torna homenagem para ela. Mas, quanto mais a homenagem custa, mais vale: ela saborearia melhor o teu desespero. Ela devora sem se alimentar. Ela apodera-se de ti para te queimar à sua honra. Ela é semelhante a um forno crematório. Ela, na sua avareza, enriquece-se de várias capturas, julgando encontrar a alegria nessa acumulação. E não acumula mais do que cinzas. Porque o verdadeiro uso dos teus dons era caminho de um para o outro, e não captura. Ela verá penhores nos teus dons e abster-se-á de tos conceder em paga. Na falta de arrebatamentos que te satisfariam, a falsa reserva dela far-te-á ver que a comunhão dispensa sinais. É marca da impotência para amar, não elevação do amor. Se o escultor despreza a argila, terá de modelar o vento. Se o teu amor despreza os sinais do amor a pretexto de atingir a essência, o teu amor não passa de um palavreado. Não descuides as felicitações, nem os presentes, nem os testemunhos.Serias capaz de amar a propriedade, se fosses excluindo dela, um por um, como supérfluos, porque particulares demais, o moinho, o rebanho, a casa? Como construir o amor, que é rosto lido através da urdidura, se não há urdidura sobre a qual escrever?
Sem cerimonial de pedras, não haveira catedral. Nem haverá amor sem cerimonial em vistas do amor. Eu só atinjo a essência da árvore se ela modelou lentamente a terra segundo o ceriomonial das raízes, do tronco e dos ramos. Nessa altura, ela é una. Tal árvore e não uma outra. Mas aquela acolá desdenha as trocas, que a haviam de fazer nascer. Ela procura no amor um objecto capturável. E esse amor não tem significado algum. Ela julga que o amor é presente que ela pode fechar nela. Se tu a amas, é porque ela te conquistou. Ela fecha-te nela, convencida de enriquecer. Ora o amor não e tesouro a conquistar, mas obrigação de parte a parte, fruto de um cerimonial aceite, rosto dos caminhos da troca. Jamais essa mulher nascerá. Só de uma rede de laços se pode nascer. Ela continuará a ser semente abortada, poder por empregar, alma e coração secos. Ela há-de envelhecer funebremente, entregue à vaidade das suas capturas. Tu não podes atribuir nada a ti próprio. Não és cofre nenhum. És o nó da diversidade. O templo, também é sentido das pedras.

Antoine de Saint-Exupéry, in "Cidadela

domingo, 30 de janeiro de 2011

Carla Bruni - L´amour (Live)


O Amor
O amor, hum hum, não foi feito para mim
Todos esses ?para sempre?
Não são claros, são instáveis.
Chegam sem se mostrar
Como um traidor disfarçado
Machuca-me ou cansa-me, dependendo do dia.
O amor, hum hum, não tem nenhum valor
Não me inquieta
E disfarça-se de suave/meigo...
E quando explode, quando me morde
Aí sim, é pior que tudo,
Porque eu quero, hum hum, cada vez mais.
Por que esses tantos prazeres, arrepios,
E todas essas carícias e pobres promessas?
Do que adianta se deixar envolver
O coração em chamas, e não entender sobre isso,
É tudo uma emboscada
O amor não é para mim
Não é um ?Saint Laurent?
Não me cai perfeitamente
Se eu não encontro o meu estilo não é por não ter tentado
E do amor eu desisto!
Por que esses tantos prazeres, arrepios, e todas essas carícias e pobres promessas?
Do que adianta se deixar envolver
O coração em chamas,
Não entender sobre isso,
É tudo uma emboscada
Eu não quero o amor,
Prefiro de tempos em tempos
Eu prefiro o gosto do vento
O gosto estranho e suave da pele dos meus amantes.
Mas o amor, hum hum, de jeito nenhum!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Reflexão do dia: "Psicorienta: Rumo aos Objetivos!"



"Quando determinamos alcançar um sonho, quando esse objetivo fica em nossa mente, dificilmente desviamos dele. Por mais que a vida pareça lançar obstáculos..." Psicorienta: Rumo aos Objetivos!

"As vivências passadas são exemplos de acertos e erros, devemos aprender com elas, porém devemos tomar cuidado com os bloqueios que estas podem nos trazer em relação a seguir em frente rumo aos nossos objetivos. Temos sempre que estar com a mente aberta para novas oportunidades, enxergar essas oportunidades e agora! Com o foco no futuro, no que se quer alcançar, mas vivendo o hoje."

Perdão

ORAÇÃO KAHUNA DO PERDÃO

Buscando eliminar todos os bloqueios que atrapalham minha evolução, dedicarei AGORA alguns momentos para “PERDOAR”.

A partir deste momento, eu perdôo todas as pessoas que, de alguma forma, me ofenderam, me machucaram ou me causaram alguma dificuldade desnecessária.
Perdôo sinceramente quem me rejeitou, me entristeceu, me abandonou, me humilhou, me amedrontou ou me iludiu.
Perdôo, especialmente, quem me provocou, até que eu perdesse a paciência e acabasse reagindo agressivamente, para depois me fazer sentir vergonha, culpa, ou simplesmente, sentir inadequada.
Reconheço que também fui responsável por estas situações, pois muitas vezes confiei em indivíduos negativos, escolhi usar mal minha inteligência e permiti que descarregassem sobre mim suas amarguras, suas histórias, seus traumas e seu mau humor.
Por tempo demais suportei tratamento indigno, humilhações, medo, grosserias e desamor, perdendo muito tempo e energia, na tentativa de conseguir um bom relacionamento com essas criaturas.

Agora, me sinto livre da necessidade compulsiva de sofrer e livre da obrigação de conviver com pessoas e ambientes que me diminuem e, principalmente, destas pessoas que se sentem incomodadas com a minha presença e a minha luz.
Iniciei, agora, uma nova etapa na minha vida em companhia de gente mais positiva, cheia de boas intenções, gente amiga, que se preocupa em ser saudável, alegre, próspera e iluminada. Gente preocupada em melhorar a qualidade de vida – não só a nossa, mas de todo o planeta.
Queremos compartilhar sentimentos nobres, aprendendo uns com os outros e nos ajudando mutuamente, enquanto trabalhamos pelo nosso progresso material e nossa evolução espiritual sempre procurando difundir nossas idéias de unidade, de paz e de amor.
Procurarei valorizar sempre todas as conquistas que fiz e o amor que tenho em mim, evitando todas queixas desnecessárias, que me seguram nesta freqüência, de onde já consegui sair.
Se, por um acaso, eu tornar a pensar nestas pessoas com quem ainda tenho dificuldade de convivência, lembrarei que elas todas já estão perdoadas.
Embora eu não me sinta na obrigação de trazê-las novamente para minha intimidade, eu o farei, se elas demonstrarem interesse em entrar em sintonia.
Agradeço pelas dificuldades que elas me causaram, pois isso me desafiou e me ajudou a evoluir, do nível humano comum, a um nível de maior amor e compaixão, maior consciência, em que procuro viver hoje.
Quando eu tornar a lembrar destas pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas qualidades e também liberá-las, pedindo ao Criador que também as perdoe, evitando que elas sofram pela lei de causa e efeito, nesta vida ou em outras.

Também compreendo as pessoas que rejeitaram meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito de cada um, não poder ou não querer corresponder ao meu amor.
Agora, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma consciente ou inconsciente, magoei, prejudiquei ou fiz sofrer.
Analisando o que fiz ao longo da minha vida, sei que minhas intenções foram boas, embora nem sempre tenha acertado e que, estas coisas que fiz de bom,
são suficientes para resgatar a dor do meu aprendizado, ainda deixando um saldo positivo ao meu favor.
Sinto-me em paz com minha consciência e, de cabeça erguida, me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao meu EU SUPERIOR.

Agora, dirijo uma mensagem de fé, ao meu EU SUPERIOR, pedindo orientação, proteção e ajuda para a realização, de um modo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual estou trabalhando com dedicação e amor... e que será, com certeza, para o bem maior de todos os envolvidos.
Também peço que minha fé seja firme e que eu possa, cada vez mais, tornar-me um canal, uma conexão permanente com os Seres de Luz, desenvolvendo todos os potenciais que possam facilitar esta comunicação. Que eu perceba todas as respostas às minhas perguntas e dúvidas, reconhecendo os sinais claros que estiver recebendo, sempre protegida e amparada pelo Universo.
Agradeço, de todo o coração, a todas as pessoas que me ajudaram e me comprometo a retribuir trabalhando para o bem do próximo, para sua alegria, seu bem-estar, atuando como agente catalisador de harmonia, entendimento, saúde, crescimento, entusiasmo, prosperidade e auto-realização.
Tudo farei sempre em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador eterno e infinito que sinto como único poder real, atuante dentro e fora de mim.

ASSIM SEJA E ASSIM SERÁ.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Florbela Espanca




Inconstância


Procurei o amor que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava.
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!
Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!

Passei a vida a amar e a esquecer…
Um sol a apagar-se e outro a acender
Nas brumas dos atalhos por onde ando…

E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há de partir também… nem eu sei quando…





Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder…
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!
Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda…
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!
Amo-te tanto! E nunca te beijei…
E nesse beijo, amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!





Bendita seja a mãe que te gerou!
Bendito o leite que te fez crescer!
Bendito o berço aonde te embalou

A tua ama pra te adormecer!
Bendito seja o brilho do luar
Da noite em que nasceste tão suave,
Que deu essa candura ao teu olhar

E à tua voz esse gorjeio d’ave!
Benditos sejam todos que te amarem!
Os que em volta de ti ajoelharem
Numa grande paixão, fervente, louca!

E se mais, que eu, um dia te quiser
Alguém, bendita seja essa mulher!
Bendito seja o beijo dessa boca!




Saudade


Saudades! Sim... Talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!



Florbela Espanca nasceu em Portugal no dia 8 de dezembro de 1894, teve uma vida trágica e breve, suicidou-se em 8 de dezembro de 1930, aos 36 anos de idade...

Nao foi breve a beleza que nos deixou nos versos que fez .

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Lições para reconstruir o "Eu interior" e "saber viver"... do Prof. Chaplin



Quando me Amei de Verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Desconstruir ilusões dói


Ao tocar o irreal, adquiri-se farpas nas mãos...
Percorrendo as veias, rumo ao coração,
oprime.

Universo interior: Corpo e Alma




Plena Mulher

Plena mulher, maçã carnal, lua quente,
espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,
que obscura claridade se abre entre tuas colunas?
que antiga noite o homem toca com seus sentidos?
Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
amar é um combate de relâmpagos e dois corpos
por um só mel derrotados.
Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,
tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,
e o fogo genital transformado em delícia
corre pelos tênues caminhos do sangue
até precipitar-se como um cravo noturno,
até ser e não ser senão na sombra de um raio.


Plabo Neruda