quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Cultivando

Enquanto o aniversário daquela Primavera aproxima-se,


Penso…


... Porque eu fui Eu e ele foi Ele.
E tudo o mais que não aconteceu,
Eram as representações com as quais já estávamos acostumados.
E se tivesse algo que eu ainda pudesse dizer...


... E o teu colo, teria sido meu ninho, e nele, eu cresceria.

E sendo este amor habitante da categoria dos impossíveis,
O que restou foi uma terra fértil de sentimentos decompostos,
Um espaço vazio e ao mesmo tempo produtivo para a construção de algum novo jardim.
Dentre as possibilidades das espécies para o cultivo,
Seleciono a semente da minha amizade.
Sou amiga das lembranças da tua existência em mim.

Zumbido cósmico

Hoje eu chorei por que a vida é como ela é,
E não existe resposta.
Eu não quero a vida que morre e não queria também morrer para vida.
Para viver um amor, existe uma entrega dolorosa,
Porque um amor é vida e vida é renascer.
E não se renasce sem antes morrer.
E morrer é desapego, um deixar ir embora.
E deixar ir embora é despedida e nas despedidas há tristeza.
Esta tristeza também é vida.
E ainda existe música para isso.
Zumbido cósmico de dor.

O cantar de um anjo

quinta-feira, 23 de junho de 2011

Aos covardes: Superestima - imperfeita ação.

O medo disfarçado de orgulho,
Leva os covardes a exercitarem o que fazem de melhor.
Camuflam-se em off, fugindo de encarar o reflexo de sua “imperfeição”
Nascida do exagero da estima que sentem,
por aquilo que pensam que são.

domingo, 3 de abril de 2011

Amor é reflexo


Se sou amado,
quanto mais amado mais correspondo ao amor. Se sou esquecido, devo esquecer também, pois amor é feito espelho: tem que ter reflexo! (Pablo Neruda)

quarta-feira, 30 de março de 2011

Eu gosto de acreditar...

"Há sempre alguém especial para cada um de nós. Frequentemente existem dois ou três, ou mesmo quatro. Provêm de diferentes gerações.Viajam através dos oceanos do tempo e das profundezas das dimensões celestiais para estarem novamente connosco. Vêm do outro lado, do céu. Estão diferentes mas o seu coração reconhece-os. Coração esse que os teve nos braços de que então dispunha... Estão unidos pela eternidade e nunca estarão sós.A sua cabeça pode dizer: «Mas eu não o conheço». Mas o seu coração sabe que não é assim.Ele pega-lhe na mão pela primeira vez, e a memória do seu toque transcende o tempo e perturba profundamente todos os átomos do seu ser.Ela olha-o nos olhos, e você vê nela uma alma que foi sua companheira através dos séculos. O seu estômago revira-se. Os seus braços ficam arrepiados. Tudo o que é exterior a este momento perde importância.Ele pode não a reconhecer, mesmo que finalmente se tenham encontrado de novo, mesmo que você o reconheça. Você consegue sentir o laço da união. Consegue ver o potencial, o futuro. Mas ele não. Os seus medos, o seu intelecto, os seus problemas mantêm um véu sobre os olhos do seu coração. Ele não a deixa ajudá-lo a remover esse véu. Você lamenta-se e sofre, e ele segue o seu caminho, O destino pode ser tão volúvel.Quando ambos se reconhecem, nenhum vulcão poderia entrar em erupção com mais paixão. A energia libertada é tremenda.O reconhecimento das almas pode ser imediato. Um sentimento súbito de familiaridade, a sensação de conhecer esta nova pessoa a uma profundidade muito além daquela que a consciência permitiria... saber intuitivamente o que dizer, como vão reagir. Um sentimento de segurança e confiança muito maior do que aquele que alguma vez poderia ser conquistado num dia, numa semana ou num mês.O reconhecimento das almas pode também ser lento e subtil. Uma alvorada gradual à medida que o véu é gentilmente removido. Nem todos estão preparados para o reconhecimento imediato. Há que dar tempo ao tempo, e muita paciência pode ser necessária para aquele que vê primeiro."


Dr. Brian Weiss "Só o amor é real"

quarta-feira, 16 de março de 2011

Apesar das experiências dolorosas, reafirmo quem sou.

Hoje fortaleci meu “Ser”, apesar do exercício ter me causado imensa dor.
Infelizmente me fez provar o gosto amargo da decepção.
Turvou com lágrimas a inocência do meu olhar,
Provocou uma noite de trevas, roubando a luz e o brilho do encantamento que contemplo na vida.
Silenciou por pesados minutos, as melodias de esperança que mentalmente aprendi a cantarolar.
Mas não me roubou o grito da indignação.
Apenas dilacerou minha carne, depois de esfolar minha pele com a injustiça da desconsideração, viscosamente banhada de orgulho mesquinho.
Mas não vai me tirar a vida.
Vai somente fortalecer as convicções que me movem no caminho do bem.
Depois que eu curar as feridas do desamor imbecil que me foi retribuido,
Vai me fazer crescer, por mais uma vez permitir que eu compreenda, que sou maior que tudo isso.
Não haverá crueldade gratuita que me cessará os sonhos.
Sou feita de composições carregadas de sutilezas.
O néctar que corre nas minhas veias, não terá alterado sua docilidade pelos dissabores momentâneos, gerados por um desprezível comportamento ignorante.
Quem não sabe do valor do amor, jamais edificará a nobreza de caráter.
Triste daqueles que desconhecem a beleza de produzir bem querer, com harmoniosas matizes de gentileza.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Refletindo com Antoine de Saint-Exupéry, in "Cidadela

Ler me causou um certo desconforto.
Refletir sobre me trouxe preocupação.
Será que a culpa é minha?
Serei eu tembém "semente abortada" para as coisas do amor?


Não Pode Existir Amor Sem Verdadeira Troca
Não te lembras de ter encontrado na vida aquela que se considera um ídolo? Que havia ela de receber do amor? Tudo, até a tua alegria de a encontrares, se torna homenagem para ela. Mas, quanto mais a homenagem custa, mais vale: ela saborearia melhor o teu desespero. Ela devora sem se alimentar. Ela apodera-se de ti para te queimar à sua honra. Ela é semelhante a um forno crematório. Ela, na sua avareza, enriquece-se de várias capturas, julgando encontrar a alegria nessa acumulação. E não acumula mais do que cinzas. Porque o verdadeiro uso dos teus dons era caminho de um para o outro, e não captura. Ela verá penhores nos teus dons e abster-se-á de tos conceder em paga. Na falta de arrebatamentos que te satisfariam, a falsa reserva dela far-te-á ver que a comunhão dispensa sinais. É marca da impotência para amar, não elevação do amor. Se o escultor despreza a argila, terá de modelar o vento. Se o teu amor despreza os sinais do amor a pretexto de atingir a essência, o teu amor não passa de um palavreado. Não descuides as felicitações, nem os presentes, nem os testemunhos.Serias capaz de amar a propriedade, se fosses excluindo dela, um por um, como supérfluos, porque particulares demais, o moinho, o rebanho, a casa? Como construir o amor, que é rosto lido através da urdidura, se não há urdidura sobre a qual escrever?
Sem cerimonial de pedras, não haveira catedral. Nem haverá amor sem cerimonial em vistas do amor. Eu só atinjo a essência da árvore se ela modelou lentamente a terra segundo o ceriomonial das raízes, do tronco e dos ramos. Nessa altura, ela é una. Tal árvore e não uma outra. Mas aquela acolá desdenha as trocas, que a haviam de fazer nascer. Ela procura no amor um objecto capturável. E esse amor não tem significado algum. Ela julga que o amor é presente que ela pode fechar nela. Se tu a amas, é porque ela te conquistou. Ela fecha-te nela, convencida de enriquecer. Ora o amor não e tesouro a conquistar, mas obrigação de parte a parte, fruto de um cerimonial aceite, rosto dos caminhos da troca. Jamais essa mulher nascerá. Só de uma rede de laços se pode nascer. Ela continuará a ser semente abortada, poder por empregar, alma e coração secos. Ela há-de envelhecer funebremente, entregue à vaidade das suas capturas. Tu não podes atribuir nada a ti próprio. Não és cofre nenhum. És o nó da diversidade. O templo, também é sentido das pedras.

Antoine de Saint-Exupéry, in "Cidadela

domingo, 30 de janeiro de 2011

Carla Bruni - L´amour (Live)


O Amor
O amor, hum hum, não foi feito para mim
Todos esses ?para sempre?
Não são claros, são instáveis.
Chegam sem se mostrar
Como um traidor disfarçado
Machuca-me ou cansa-me, dependendo do dia.
O amor, hum hum, não tem nenhum valor
Não me inquieta
E disfarça-se de suave/meigo...
E quando explode, quando me morde
Aí sim, é pior que tudo,
Porque eu quero, hum hum, cada vez mais.
Por que esses tantos prazeres, arrepios,
E todas essas carícias e pobres promessas?
Do que adianta se deixar envolver
O coração em chamas, e não entender sobre isso,
É tudo uma emboscada
O amor não é para mim
Não é um ?Saint Laurent?
Não me cai perfeitamente
Se eu não encontro o meu estilo não é por não ter tentado
E do amor eu desisto!
Por que esses tantos prazeres, arrepios, e todas essas carícias e pobres promessas?
Do que adianta se deixar envolver
O coração em chamas,
Não entender sobre isso,
É tudo uma emboscada
Eu não quero o amor,
Prefiro de tempos em tempos
Eu prefiro o gosto do vento
O gosto estranho e suave da pele dos meus amantes.
Mas o amor, hum hum, de jeito nenhum!

sábado, 29 de janeiro de 2011

Reflexão do dia: "Psicorienta: Rumo aos Objetivos!"



"Quando determinamos alcançar um sonho, quando esse objetivo fica em nossa mente, dificilmente desviamos dele. Por mais que a vida pareça lançar obstáculos..." Psicorienta: Rumo aos Objetivos!

"As vivências passadas são exemplos de acertos e erros, devemos aprender com elas, porém devemos tomar cuidado com os bloqueios que estas podem nos trazer em relação a seguir em frente rumo aos nossos objetivos. Temos sempre que estar com a mente aberta para novas oportunidades, enxergar essas oportunidades e agora! Com o foco no futuro, no que se quer alcançar, mas vivendo o hoje."

Perdão

ORAÇÃO KAHUNA DO PERDÃO

Buscando eliminar todos os bloqueios que atrapalham minha evolução, dedicarei AGORA alguns momentos para “PERDOAR”.

A partir deste momento, eu perdôo todas as pessoas que, de alguma forma, me ofenderam, me machucaram ou me causaram alguma dificuldade desnecessária.
Perdôo sinceramente quem me rejeitou, me entristeceu, me abandonou, me humilhou, me amedrontou ou me iludiu.
Perdôo, especialmente, quem me provocou, até que eu perdesse a paciência e acabasse reagindo agressivamente, para depois me fazer sentir vergonha, culpa, ou simplesmente, sentir inadequada.
Reconheço que também fui responsável por estas situações, pois muitas vezes confiei em indivíduos negativos, escolhi usar mal minha inteligência e permiti que descarregassem sobre mim suas amarguras, suas histórias, seus traumas e seu mau humor.
Por tempo demais suportei tratamento indigno, humilhações, medo, grosserias e desamor, perdendo muito tempo e energia, na tentativa de conseguir um bom relacionamento com essas criaturas.

Agora, me sinto livre da necessidade compulsiva de sofrer e livre da obrigação de conviver com pessoas e ambientes que me diminuem e, principalmente, destas pessoas que se sentem incomodadas com a minha presença e a minha luz.
Iniciei, agora, uma nova etapa na minha vida em companhia de gente mais positiva, cheia de boas intenções, gente amiga, que se preocupa em ser saudável, alegre, próspera e iluminada. Gente preocupada em melhorar a qualidade de vida – não só a nossa, mas de todo o planeta.
Queremos compartilhar sentimentos nobres, aprendendo uns com os outros e nos ajudando mutuamente, enquanto trabalhamos pelo nosso progresso material e nossa evolução espiritual sempre procurando difundir nossas idéias de unidade, de paz e de amor.
Procurarei valorizar sempre todas as conquistas que fiz e o amor que tenho em mim, evitando todas queixas desnecessárias, que me seguram nesta freqüência, de onde já consegui sair.
Se, por um acaso, eu tornar a pensar nestas pessoas com quem ainda tenho dificuldade de convivência, lembrarei que elas todas já estão perdoadas.
Embora eu não me sinta na obrigação de trazê-las novamente para minha intimidade, eu o farei, se elas demonstrarem interesse em entrar em sintonia.
Agradeço pelas dificuldades que elas me causaram, pois isso me desafiou e me ajudou a evoluir, do nível humano comum, a um nível de maior amor e compaixão, maior consciência, em que procuro viver hoje.
Quando eu tornar a lembrar destas pessoas que me fizeram sofrer, procurarei valorizar suas qualidades e também liberá-las, pedindo ao Criador que também as perdoe, evitando que elas sofram pela lei de causa e efeito, nesta vida ou em outras.

Também compreendo as pessoas que rejeitaram meu amor e minhas boas intenções, pois reconheço que é um direito de cada um, não poder ou não querer corresponder ao meu amor.
Agora, sinceramente, peço perdão a todas as pessoas a quem, de alguma forma consciente ou inconsciente, magoei, prejudiquei ou fiz sofrer.
Analisando o que fiz ao longo da minha vida, sei que minhas intenções foram boas, embora nem sempre tenha acertado e que, estas coisas que fiz de bom,
são suficientes para resgatar a dor do meu aprendizado, ainda deixando um saldo positivo ao meu favor.
Sinto-me em paz com minha consciência e, de cabeça erguida, me concentro para enviar uma corrente de energia destinada ao meu EU SUPERIOR.

Agora, dirijo uma mensagem de fé, ao meu EU SUPERIOR, pedindo orientação, proteção e ajuda para a realização, de um modo acelerado, de um projeto muito importante que estou mentalizando e para o qual estou trabalhando com dedicação e amor... e que será, com certeza, para o bem maior de todos os envolvidos.
Também peço que minha fé seja firme e que eu possa, cada vez mais, tornar-me um canal, uma conexão permanente com os Seres de Luz, desenvolvendo todos os potenciais que possam facilitar esta comunicação. Que eu perceba todas as respostas às minhas perguntas e dúvidas, reconhecendo os sinais claros que estiver recebendo, sempre protegida e amparada pelo Universo.
Agradeço, de todo o coração, a todas as pessoas que me ajudaram e me comprometo a retribuir trabalhando para o bem do próximo, para sua alegria, seu bem-estar, atuando como agente catalisador de harmonia, entendimento, saúde, crescimento, entusiasmo, prosperidade e auto-realização.
Tudo farei sempre em harmonia com as leis da natureza e com a permissão do nosso Criador eterno e infinito que sinto como único poder real, atuante dentro e fora de mim.

ASSIM SEJA E ASSIM SERÁ.

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

Florbela Espanca




Inconstância


Procurei o amor que me mentiu.
Pedi à Vida mais do que ela dava.
Eterna sonhadora edificava
Meu castelo de luz que me caiu!
Tanto clarão nas trevas refulgiu,
E tanto beijo a boca me queimava!
E era o sol que os longes deslumbrava
Igual a tanto sol que me fugiu!

Passei a vida a amar e a esquecer…
Um sol a apagar-se e outro a acender
Nas brumas dos atalhos por onde ando…

E este amor que assim me vai fugindo
É igual a outro amor que vai surgindo,
Que há de partir também… nem eu sei quando…





Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que a minha boca tem pra te dizer!
São talhados em mármore de Paros
Cinzelados por mim pra te oferecer.

Têm dolência de veludos caros,
São como sedas pálidas a arder…
Deixa dizer-te os lindos versos raros
Que foram feitos pra te endoidecer!
Mas, meu Amor, eu não tos digo ainda…
Que a boca da mulher é sempre linda
Se dentro guarda um verso que não diz!
Amo-te tanto! E nunca te beijei…
E nesse beijo, amor, que eu te não dei
Guardo os versos mais lindos que te fiz!





Bendita seja a mãe que te gerou!
Bendito o leite que te fez crescer!
Bendito o berço aonde te embalou

A tua ama pra te adormecer!
Bendito seja o brilho do luar
Da noite em que nasceste tão suave,
Que deu essa candura ao teu olhar

E à tua voz esse gorjeio d’ave!
Benditos sejam todos que te amarem!
Os que em volta de ti ajoelharem
Numa grande paixão, fervente, louca!

E se mais, que eu, um dia te quiser
Alguém, bendita seja essa mulher!
Bendito seja o beijo dessa boca!




Saudade


Saudades! Sim... Talvez... e porque não?...
Se o nosso sonho foi tão alto e forte
Que bem pensara vê-lo até à morte
Deslumbrar-me de luz o coração!

Esquecer! Para quê?... Ah! como é vão!
Que tudo isso, Amor, nos não importe.
Se ele deixou beleza que conforte
Deve-nos ser sagrado como o pão!

Quantas vezes, Amor, já te esqueci,
Para mais doidamente me lembrar,
Mais doidamente me lembrar de ti!

E quem dera que fosse sempre assim:
Quanto menos quisesse recordar
Mais a saudade andasse presa a mim!



Florbela Espanca nasceu em Portugal no dia 8 de dezembro de 1894, teve uma vida trágica e breve, suicidou-se em 8 de dezembro de 1930, aos 36 anos de idade...

Nao foi breve a beleza que nos deixou nos versos que fez .

segunda-feira, 10 de janeiro de 2011

Lições para reconstruir o "Eu interior" e "saber viver"... do Prof. Chaplin



Quando me Amei de Verdade

Quando me amei de verdade, compreendi que em qualquer circunstância, eu estava no lugar certo, na hora certa, no momento exato.
E então, pude relaxar.
Hoje sei que isso tem nome... Auto-estima.
Quando me amei de verdade, pude perceber que minha angústia, meu sofrimento emocional, não passa de um sinal de que estou indo contra minhas verdades.
Hoje sei que isso é...Autenticidade.
Quando me amei de verdade, parei de desejar que a minha vida fosse diferente e comecei a ver que tudo o que acontece contribui para o meu crescimento.
Hoje chamo isso de... Amadurecimento.
Quando me amei de verdade, comecei a perceber como é ofensivo tentar forçar alguma situação ou alguém apenas para realizar aquilo que desejo, mesmo sabendo que não é o momento ou a pessoa não está preparada, inclusive eu mesmo.
Hoje sei que o nome disso é... Respeito.
Quando me amei de verdade comecei a me livrar de tudo que não fosse saudável... Pessoas, tarefas, tudo e qualquer coisa que me pusesse para baixo. De início minha razão chamou essa atitude de egoísmo.
Hoje sei que se chama... Amor-próprio.
Quando me amei de verdade, deixei de temer o meu tempo livre e desisti de fazer grandes planos, abandonei os projetos megalômanos de futuro.
Hoje faço o que acho certo, o que gosto, quando quero e no meu próprio ritmo.
Hoje sei que isso é... Simplicidade.
Quando me amei de verdade, desisti de querer sempre ter razão e, com isso, errei muitas menos vezes.
Hoje descobri a... Humildade.
Quando me amei de verdade, desisti de ficar revivendo o passado e de preocupar com o futuro. Agora, me mantenho no presente, que é onde a vida acontece.
Hoje vivo um dia de cada vez. Isso é... Plenitude.
Quando me amei de verdade, percebi que minha mente pode me atormentar e me decepcionar. Mas quando a coloco a serviço do meu coração, ela se torna uma grande e valiosa aliada.
Tudo isso é... Saber viver!!!


segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

Desconstruir ilusões dói


Ao tocar o irreal, adquiri-se farpas nas mãos...
Percorrendo as veias, rumo ao coração,
oprime.

Universo interior: Corpo e Alma




Plena Mulher

Plena mulher, maçã carnal, lua quente,
espesso aroma de algas, lodo e luz pisados,
que obscura claridade se abre entre tuas colunas?
que antiga noite o homem toca com seus sentidos?
Ai, amar é uma viagem com água e com estrelas,
com ar opresso e bruscas tempestades de farinha:
amar é um combate de relâmpagos e dois corpos
por um só mel derrotados.
Beijo a beijo percorro teu pequeno infinito,
tuas margens, teus rios, teus povoados pequenos,
e o fogo genital transformado em delícia
corre pelos tênues caminhos do sangue
até precipitar-se como um cravo noturno,
até ser e não ser senão na sombra de um raio.


Plabo Neruda

quarta-feira, 22 de dezembro de 2010

Uma prece


Senhor, que és o céu e a terra, que és a vida e a morte!
O sol és tu e a lua és tu e o vento és tu!
Tu és os nossos corpos e as nossas almas e o nosso amor és tu também.
Onde nada está tu habitas e onde tudo está eis o teu corpo.
Dá-me alma para te servir e alma para te amar.
Dá-me vista para te ver sempre no céu e na terra, ouvidos para te ouvir no vento e no mar, e mãos para trabalhar em teu nome.
Torna-me puro como a água e alto como o céu.
Que não haja lama nas estradas dos meus pensamentos nem folhas mortas nas lagoas dos meus propósitos.
Faze com que eu saiba amar os outros como irmãos e servir-te como a um pai.
Minha vida seja digna da tua presença.
Meu corpo seja digno da terra, tua cama.
Minha alma possa aparecer diante de ti como um filho que volta ao lar.
Torna-me grande como o Sol, para que eu te possa adorar em mim; e torna-me puro como a lua, para que eu te possa rezar em mim; e torna-me claro como o dia para que eu te possa ver sempre em mim e rezar-te e adorar-te.
Senhor protege-me e ampara-me.
Dá-me que eu me sinta teu.
Senhor livra-me de mim.


Fernando Pessoa

sábado, 18 de dezembro de 2010



No meu pedacinho do paraíso, uma manhã linda de sol, não pode de forma alguma ser ignorada.
O convite da “Senhora expectativa” foi anunciar a possibilidade do encontro com a “Dona Felicidade”.
Manhã de sol... Perfeito para colocar a bike para desenferrujar pedalando pelas ciclovias.
O caminho escolhido foi um trechinho da Rio/Santos, para poder apreciar o colorido lilás, branco e rosa dos manacás, em meio ao verde das margens.
A primeira parada de contemplação da paisagem, aquela de tirar um grande sorriso de agradecimento a vida, foi à dança das ondas de branca espuma, bailando pelo mar.
Saber escolher um cantinho silencioso da praia é garantir momentos de intensa contemplação e aos poucos se sentir unificar com toda aquela beleza.
Pé na areia, sorriso na boca, brilho nos olhos... Aqui eu sou criança
Tanta beleza causa excitação e vontade de correr saltitando pela areia... Por que às vezes a gente esquece que é tão fácil e tão gostoso ser feliz?
Com o coração mais calmo dá para sentir o afago gostoso da brisa do mar... Dançar com as ondas, fazendo movimentos longos e lentos com todo o corpo.
Dá para sentir o desejo do corpo em receber um abraço. E é possível se dar um abraço... O mais gostoso... Abraço com o calor que Terra absorveu do Sol e ternamente nos irradia um pouquinho, para completar a sensação deliciosa do afago da brisa suave que vem do mar... A dança se transforma em embalo no colo. Sou filha da Mãe Terra e também sou filha do Pai Mar
Em momentos assim tão bons lembramo-nos dos amigos queridos...
Enquanto dançava o movimento do infinito, desenhei com os pés um grande coração na areia. Nestas horas, se as ondas teimarem em apagar, melhor pensar positivo e riscar bem fundo, pensando sempre que a amizade tem o verdadeiro valor do amor e para elas, é necessário dedicação.
Quando o corpo e espírito ficam tranquilos o silêncio é bem vindo... O instante tão especial, só foi quebrado por um toque no ombro e o sorriso de uma linda senhora de cabelos brancos que disse:
“Você está tão pensativa... Que os Anjos Abençoados te protejam.” Ela nem esperou o “assim seja” e saiu recolhendo conchinhas.

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

Porque mesmo na maior escuridão, pode surgir uma luz...



Vem adormecer dentro de mim... e sentir o meu calor,
Beber do meu carinho e alimentar-se do meu amor
Degustar o renascer da minha alma e fazer de mim tudo o que ainda não sou.

Ocean Gipsy - Blackmore's Night



Cigana do Oceano

Tentou se livrar de tudo,
Aprendeu sua própria liberdade... Somente num dia
E achar sua alma para encontrar os medos que lá pôs
Tentou fazer seu amor ser só seu
Eles lhe tiraram o amor... Eles levaram ela dali
Eles não deram nada de volta que ela gostaria de ter

Anéis pratas e dourados e pedras,
Dançando lentamente sobre a lua
Não há ninguém que possa saber, ela permanece
sozinha...
Sonhos mortos irão alcançá-la,
Ela não pode dizer as palavras de que eles precisam,
Ela sabe, ela está só e está livre...

Cigana do Oceano da lua,
O sol tem criado mil noite para você segurar...
Cigana do Oceano, onde está você?

As sombras vieram depois das estrelas tornarem-se
douradas...
Tornarem-se douradas...

Então ela encontra uma alma vazia,
Enchendo-o com sua luz e seu consolo,
Ela era a lua e ele o sol dourado...
Olhos foram cegados com seu brilho...
O sol do qual ela reflete de volta à noite

A lua minguante quase fora de vista...
Gentil chamado da Cigana do Oceano...
Silêncio detem estrelas por um momento,
Sorriso triste deles por ela, quando ela caiu...
Somente o tempo antes do amanhecer,
O mar está calado, o oceano a chama,

O dia a levou e agora ela se foi...
Nenhuma notícia quando ela morreu,
Cigana do Oceano aprisionou a maré,
A decadência das ondas, se tornando brancas...
Algo se foi entre os olhos dela,
Seus dedos, sem vida, caídos na areia,
Sua alma quebrada estava perdida,
Ela foi abandonada...

Veias de ceda parecendo asas em contínuo brilho
Vento que varre com prazer continua a fazer o
contorno
em seus doces cabelos... tão negros e finos...
Continua sob os mares, sem mais chorar,
suas lágrimas secaram...
Os oceanos lamentam por ela, o oceano suspira...

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Nneka - Heartbeat live

Você pode sentir o meu coração está batendo?

Batida do Coração - Nneka

Você disse que iria estar lá por mim
Em momentos de angústia quando eu preciso de você e eu estou para baixo
E também você precisa de amizade
É puro amor do meu lado, mas eu vejo as coisas foram mudando ultimamente
Você tem metas a atingir
Mas a estrada está a tomar no exterior e sem compaixão
Isso quer que você faça uma outra forma
Você atira pedras
Você pode ver que eu sou humano estou respirando
Mas você não dá uma maldição

Você pode sentir o meu coração está batendo?
Você pode ver a dor que está causando?
Você pode sentir o meu coração está batendo?
Você pode ver a dor que está causando?

Sangue, sangue, sangue .... mantém apressando
E agora o mundo está dormindo
Como você já acorda-la quando ela é profunda em seus sonhos, desejando?
E ainda assim muitos morrem
E ainda temos algo que é tudo sobre nós
É tudo sobre você ...


Heartbeat
Nneka

domingo, 5 de dezembro de 2010

Dia Branco - Geraldo Azevedo

Se você vier... Eu lhe prometo...

Dia Branco
Composição: Geraldo Azevedo/ Renato Rocha

Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...

Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...

Se a chuva cair
Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...

Nesse dia branco
Se branco ele for
Esse tanto
Esse canto de amor
Oh! oh! oh...

Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo

Se você vier
Pro que der e vier
Comigo...

Eu lhe prometo o sol
Se hoje o sol sair
Ou a chuva...
Se a chuva cair

Se você vier
Até onde a gente chegar
Numa praça
Na beira do mar
Num pedaço de qualquer lugar...

E nesse dia branco
Se branco ele for
Esse canto
Esse tão grande amor
Grande amor...

Se você quiser e vier
Pro que der e vier
Comigo

Comigo, comigo.

sábado, 4 de dezembro de 2010

... em qualquer estação


Poema: A Minha Ausência de Ti - William Shakespeare
Foi tal e qual o inverno a minha ausência
de ti, prazer dum ano fugitivo:
dias nocturnos, gelos, inclemência;
que nudez de dezembro o frio vivo.
E esse tempo de exílio era o do verão;
era a excessiva gravidez do outono
com a volúpia de maio em cada grão:
um seio viúvo, sem senhor nem dono.
Essa posteridade em seu esplendor
uma esperança de órfãos me parecia:
contigo ausente, o verão teu servidor
emudeceu as aves todo o dia.
Ou tanto as deprimiu, que a folha arfava
e no temor do inverno desmaiava.

William Shakespeare, in "Sonetos"
Tradução de Carlos de Oliveira




domingo, 28 de novembro de 2010

Ney Matogrosso - Poema ( Cazuza - Frejat )

POEMA

Eu hoje tive um pesadelo
E levantei atento, a tempo
Eu acordei com medo
E procurei no escuro
Alguém com o seu carinho
E lembrei de um tempo
Porque o passado me traz uma lembrança
Do tempo que eu era ainda criança
E o medo era motivo de choro
Desculpa pra um abraço ou consolo

Hoje eu acordei com medo
Mas não chorei, nem reclamei abrigo
Do escuro, eu via o infinito
Sem presente, passado ou futuro
Senti um abraço forte, já não era medo
Era uma coisa sua que ficou em mim
E que não tem fim

De repente, a gente vê que perdeu
Ou está perdendo alguma coisa
Morna e ingênua que vai ficando no caminho
Que é escuro e frio, mas também bonito porque é iluminado
Pela beleza do que aconteceu há minutos atrás

Composição: Cazuza / Frejat

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

Curando relacionamentos




Curar nossos relacionamentos é a nossa própria escolha, já que na verdade não são os outros que estamos perdoando realmente.
São apenas nossas próprias atitudes e julgamentos a respeito deles que precisam ser perdoados
São os nossos pensamentos e julgamentos hoje, e não mais a outra pessoa, que nos causam dor no presente.
E já que estes pensamentos e julgamentos são nossos, apenas nossos, somos nós que precisamos nos empenhar em perdoar, em mudar nossa mente e nos libertar das queixas passadas.



É POSSIVEL CURAR TODOS OS RELACIONAMENTOS?
Sim!


É possível curar não apenas alguns, mas todos os nossos relacionamentos.
Podemos fazê-lo desistindo de qualquer forma preconcebida, ou dos roteiros mentais que tenhamos escrito sobre os outros
Podemos fazer isso nos dispondo a acabar com todas as queixas e pensamentos de agressividade.
E podemos fazer isso por meio do processo do perdão



* Reconhecendo que não somos vítimas dos nossos relacionamentos e, sim, participantes deles.
* Optando por ver os outros como seres que nos amam ou, caso os percebamos como nossos agressores, optando por vê-los como seres cheios de medo
*Lembrando que aquilo que percebemos nos outros e no mundo exterior é uma projeção dos pensamentos - quer positivos quer negativos - contidos em nossa mente.
* Tornando-nos "buscadores de amor" em vez de "buscadores de defeitos".
* Direcionando a nós mesmos e escolhendo ser interiormente pacíficos, não importando o que esteja acontecendo fora de nós..
Podemos começar a reconhecer que a cura dos nossos relacionamentos está diretamente ligada à Cura das Atitudes que estamos conservando em nossa mente a respeito desses relacionamentos.



AFIRMAÇÕES

1-Escolho curar meu relacionamento comigo mesmo deixando que o hábito de julgar a mim mesmo se vá.
2 - Escolho unir-me aos outros, em vez de me separar deles, abandonando meus julgamentos sobre eles.
3 - Escolho rasgar todos os roteiros que escrevi para o modo como acho que as pessoas deveriam ser em minha vida.
4 - Escolho lembrar que o que realmente conta em meus relacionamentos não é quanto eu faço ou digo... mas sim com quanto amor eu faço ou digo.
5 - As palavras que eu escolho em minhas comunicações sempre determinam se minha intenção é unir ou separar.
6 - Hoje, eu escolho lembrar-me de que realmente mereço o direito de ser feliz.
7 - Hoje, eu escolho desistir de me sentir uma vítima dos meus relacionamentos e assumirei a responsabilidade por minha vida.
8 - Sempre que ficar preso no passado ou no futuro, escolherei lembrar-me de que o amor só pode ser vivenciado no presente.
9 - Posso optar pelo amor em vez do medo, em todos os meus relacionamentos.

O inimigo não está a nossa frente, mas dentro de nós. Defesas refletem feridas. Ataques são gritos por amor. Relacionamentos são oportunidades de saber quem somos.




Gerald Jampolsky e Diane Cirincione

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

"- Mas o que chamas de paz se pressinto em ti essa coisa mansa que se faz nos outros e em cada momento que te olho inúmeras coisas escuras escorrem dentro de mim pois se a paz não é uma coisa escura pois senão não continuarei não te farei nenhuma pergunta embora precisasse não para te definir ou para te compreender não preciso saber de onde vens assim como para me definires ou me compreenderes não precisas de nenhum dado concreto mas eu não te defino nem te compreendo apenas sei que chegaste e que esta tua chegada modificará em mim todas as coisas que se tornaram suaves todas as cordialidades ou amenidades que construí nesse tempo de absoluta sede ansiava por ti como quem anseia pela salvação ou pela perdição porque qualquer coisa poderia me salvar desta imobilidade que me devasta por dentro te direi apenas para sobreviver mas já não quero sobreviver já não quero apenas ir adiante é preciso que qualquer coisa abata esta letargia porque já não admiro precariedades por que não sei o que digo nem o que sinto mas persistirei no que pressinto ainda que tudo isso seja um lento processo de morte um enveredar em direção ao mais terrível vejo em ti o meu roteiro de agonia além disso nada sei mas não fujo foram muito poucas as coisas que vivi percebo que não cheguei a existir exatamente mas não sou forte apenas construí de minhas fraquezas essa coisa que talvez chamasses força há muito tempo eu permanecia esquecido de mim mesmo foi preciso que chegasses para eu perceber que somente destruindo se pode construir agora eu quero a destuição que me propões mas não propões nada deixas que eu enverede sozinho é assim que sei que não me deixarás sozinho sei que temos pouco tempo nesse pouco tempo é preciso que todos percebam em ti que nunca viram e somente no último momento possam ver a tua face essa face terrível que todos suspeitam terrível mas eu reivindico a posse desse terrível porque me sei capaz de suportá-lo não falta muito tempo agradeço por me teres dado a consciência da minha inutilidade mas eu nada sei nada conheço do que falo mesmo assim estou pronto embora sem compreender inteiramente sim semearemos a fome e a discórdia semearemos o que eles não seriam capazes de viver se não chegasses não me esquivarei vejo a tua mão estendida em direção a mim e estendo a minha própria mão e minha mão e tua mão se tocam e a minha espera e a tua conduz sim preparo-me para o grande mergulho no desconhecido:"
O Afogado (Capítulo V - Caio Fernando Abreu)

domingo, 14 de novembro de 2010

Que é a vida? Este inferno de amar?

Este inferno de amar - como eu amo! -
Quem mo pôs aqui n'alma... quem foi?
Esta chama que alenta e consome,
Que é a vida - e que a vida destrói -
Como é que se veio a atear,
Quando - ai quando se há-de ela apagar?

Eu não sei, não me lembra: o passado,
A outra vida que dantes vivi
Era um sonho talvez... - foi um sonho -
Em que paz tão serena a dormi!
Oh! que doce era aquele sonhar...
Quem me veio, ai de mim! despertar?

Só me lembra que um dia formoso
Eu passei... dava o sol tanta luz!
E os meus olhos, que vagos giravam,
Em seus olhos ardentes os pus.
Que fez ela? eu que fiz? - Não o sei;
Mas nessa hora a viver comecei...

Almeida Garrett, in 'Folhas Caídas'

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Em busca da cura...


Espero que passe...


“Vai passar, tu sabes que vai passar. Talvez não amanhã, mas dentro de uma semana, um mês ou dois, quem sabe? O verão está aí, haverá sol quase todos os dias, e sempre resta essa coisa chamada ‘impulso vital’. Pois esse impulso ás vezes cruel, porque não permite que nenhuma dor insista por muito tempo, te empurrará quem sabe para o sol, para o mar, para uma nova estrada qualquer e, de repente, no meio de uma frase ou de um movimento te surpreenderás pensando algo assim como ‘estou contente outra vez’”
Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Clarice e eu... Eu e Clarice...


"Um domingo de tarde sozinha em casa dobrei-me para frente - como em dores de parto - e vi que a menina em mim estava morrendo.
Nunca esquecerei esse domingo. Para cicatrizar levou dias.
E eis-me aqui. Dura, silenciosa e heróica.
Sem menina dentro de mim."

Clarisse Lispector

domingo, 17 de outubro de 2010

Não poderia expressar melhor...




“Eu te amei muito. Nunca disse, como você também não disse, mas acho que você soube. Pena que as grandes e as cucas confusas não saibam amar. Pena também que a gente se envergonhe de dizer, a gente não devia ter vergonha do que é bonito. Penso sempre que um dia a gente vai se encontrar de novo, e que então tudo vai ser mais claro, que não vai mais haver medo nem coisas falsas. Há uma porção de coisas minhas que você não sabe, e que precisaria saber para compreender todas as vezes que fugi de você e voltei e tornei a fugir. São coisas difíceis de serem contadas, mais difíceis talvez de serem compreendidas — se um dia a gente se encontrar de novo, em amor, eu direi delas, caso contrário não será preciso. Essas coisas não pedem resposta nem ressonância alguma em você: eu só queria que você soubesse do muito amor e ternura que eu tinha — e tenho — pra você. Acho que é bom a gente saber que existe desse jeito em alguém, como você existe em mim.”

Caio F. Abreu

sábado, 9 de outubro de 2010

Krishna"s Love Music by Krishna Das / Mere Gurudev


Mere Gurudev, charnon par sumana shraddhaa ke arpit hai Tere hee dena hai jo hai. Wahi tujha ko samarapita hai Na priti hai pratiti hai, na hi puja ki shakti hai Na priti hai pratiti hai, na hi puja ki shakti haiMeraa yaha man, meraa yaha tan, meraa kan kan samarapita hai.Tuma hee ho bhaav men mere, vicharo mein, pukaro mein. Banaale yantra ab mujhko roeresaravatra samarapita hai.

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Poema - Pergunto-te Onde se Acha a Minha Vida




Pergunto-te onde se acha a minha vida.
Em que dia fui eu. Que hora existiu formada
de uma verdade minha bem possuída.

Vão-se as minhas perguntas aos depósitos do nada.

E a quem é que pergunto? Em quem penso, iludida
por esperanças hereditárias? E de cada
pergunta minha vai nascendo a sombra imensa
que envolve a posição dos olhos de quem pensa.

Já não sei mais a diferença
de ti, de mim, da coisa perguntada,
do silêncio da coisa irrespondida.

Cecília Meireles, in 'Poemas (1942-1959)'

George Harrison - Give Me Love (Tradução)

Dê-me amor
Dê-me amor
Dê-me paz na terra
Dê-me luz
Dê-me vida
me mantenha livre como eu nasci
Dê-me esperança
Me ajude a lidar, com essa carga pesada
Tentando, tocar e alcançar você com
O coração e a alma

Oh Meu Sr

Por favor, segure a minha mão,
eu quero entender você
não se vá, por favor
Oh você não

Dê-me amor
Dê-me amor
Dê-me paz na terra
Dê-me luz
Dê-me vida
me mantenha livre como eu nasci
Dê-me esperança
Me ajude a lidar, com essa carga pesada
Tentando, tocar e alcançar você com
O coração e a alma

Oh Meu Sr

Por favor, segure a minha mão,
Eu posso entender você

quinta-feira, 30 de setembro de 2010

Deixar morrer e continuar vivendo... "Tão bom morrer de amor e continuar vivendo."

A delícia de um DESEJO é como a dor da MORTE

O surgir de um desejo é o renovar da vida
Cada pulsar faz surgir novas esperanças...

O desejo revigora a alma, acende o corpo, clareia o pensamento
Olhos brilhando, sorriso estampado
Radiante e encantador
Vibrando carisma e a essência do puro, elevado e sublime amor

Construir um desejo é renascer em vida
Ir ao encontro da felicidade maior... Plena.

Possuir um desejo é fazer parte da mágica
Desejo é místico... Divino.

Alimentar um desejo é cultuar o amor,
Beleza e toda possibilidade de realização

Mas o desejo nos confunde e também atormenta
E caso não possa ser concretizado,
É a premonição da morte
O sofrimento íntimo, intenso e desesperado
Cada pulsar torna-se uma punhalada, seguida de flagelo.

O desejo não realizado dilacera a alma
Sangra constante
Tortura o corpo no abandono
Castiga o pensamento e rouba a vida




"A morte não é a maior perda da vida. A maior perda da vida é o que morre dentro de nós enquanto vivemos."

domingo, 26 de setembro de 2010

A Dor Desconstruindo Desejos


"Me dói ter passado tanto tempo atenta a ele - quando ele nunca ficou atento a mim. E eu passei tanta coisa dura. "
Caio F. Abreu

sábado, 25 de setembro de 2010

Primavera dentro de mim


Primavera


"Primavera gentil dos meus amores,

Arca cerúlea de ilusões etéreas,

Chova-te o Céu cintilações sidéreas

E a terra chova no teu seio flores!

Esplende, Primavera, os teus fulgores,

Na auréola azul, dos dias teus risonhos,

Tu que sorveste o fel das minhas dores

E me trouxeste o néctar dos teus sonhos!

Cedo virá, porém, o triste outono,

Os dias voltarão a ser tristonhos

E tu hás de dormir o eterno sono,

Num sepulcro de rosas e de flores,

Arca sagrada de cerúleos sonhos,

Primavera gentil dos meus amores!"



Augusto dos Anjos - Primavera

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Como não confiar?

Nunca Confiar Demais
"Nenhum homem acredita piamente em nenhum outro homem. Pode-se acreditar piamente numa ideia, mas não num homem. No mais alto grau de confiança que ele pode despertar, haverá sempre o aroma da dúvida – uma sensação meio instintiva e meio lógica de que, no fim das contas, o vigarista deve ter um ás escondido na manga. Esta dúvida, como parece óbvio, é sempre mais do que justificada, porque ainda não nasceu o homem merecedor de confiança ilimitada – a sua traição, no máximo, espera apenas por uma tentação suficiente. O problema do mundo não é o de que os homens sejam muito suspeitos neste sentido, mas o de que tendem a ser confiantes demais – e de que ainda confiam demais em outros homens, mesmo depois de amargas experiências. Acredito que as mulheres sejam sabiamente menos sentimentais, tanto nisto como em outras coisas. Nenhuma mulher casada põe a mão no fogo por seu marido, nem age com se confiasse nele. A sua principal certeza assemelha-se à de um batedor de carteiras: a de que o guarda que o apanhou poderá ser subornado."
Henry Mencken, in 'O Livro dos Insultos (1920)'

Peco pela Confiança



Até quando...
Até quando meus loucos desejos
minhas poucas certezas
ficarão a mercê de olhares austutos
famintos interesses?

Poupe-me das dores da decepção
mesmo sabendo que meu pior pecado
é sempre confiar...

"A sinceridade é uma abertura do coração. Encontramo-la em muito poucas pessoas, e essa que vulgarmente por aí se vê não passa de uma astuta dissimulação para atrair a confiança alheia "
Autor: La Rochefoucauld , François

domingo, 12 de setembro de 2010

Oscilação

" Por enquanto o meu jeito tem sido o de rir ou chorar, segundo meus altos e baixos. "
"Sei que amar é mais lento e a urgência me consome. "
(Clarice Lispector)

Desencanto...



Desencantos


"Eu faço versos como quem chora
De desalento , de desencanto...
Fecha meu livro se por agora
Não tens motivo algum de pranto

Meu verso é sangue , volúpia ardente
Tristeza esparsa , remorso vão
Dói-me nas veias amargo e quente
Cai gota à gota do coração.

E nesses versos de angústia rouca
Assim dos lábios a vida corre
Deixando um acre sabor na boca

Eu faço versos como quem morre."


Manuel Bandeira

terça-feira, 7 de setembro de 2010

Digerindo... AMOR, DESEJOS e FANTASIAS


Minha fome de AMOR
mexeu com meus DESEJOS...
Acabei exagerando ao me alimentar destas FANTASIAS.
Hoje estou tão enjoada...
Quero colocar p/ fora.
Se fosse possível... esvaziar-me destes sentimentos...
Recuperaria meu sorriso de menina.
E pensar, que antes era tudo tão simples...
Qta dor há no desejo...